Na reta final de captação, “Arte pela Cidade” convida empresas a transformar imposto em cultura em Rio Preto

Festival multicultural da Acirp, aprovado na Lei Rouanet, pode captar até R$ 670 mil e fortalecer economia criativa e comércio local

Em meio ao fechamento do ano fiscal, a Acirp entra na reta final de captação de recursos para o festival multicultural “Arte pela Cidade” e intensifica o convite às empresas tributadas pelo Lucro Real para destinarem até 4% do Imposto de Renda devido ao projeto. A iniciativa, aprovada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), pode captar até R$ 670 mil via renúncia fiscal e tem como foco movimentar a cena cultural e a economia criativa de São José do Rio Preto e região.

Na prática, a empresa não desembolsa nenhum valor adicional; apenas direciona uma parte do imposto que já seria pago à União para um projeto cultural com impacto direto no município. O recurso vai para uma iniciativa com metas definidas, prestação de contas obrigatória e resultados acompanhados, em um modelo que combina política pública, investimento privado e retorno social e econômico.

A experiência recente da Acirp com projetos culturais mostra a dimensão desse impacto. Em um ano, ações como o “Arte na Praça” e o próprio “Arte pela Cidade” somaram mais de 200 atividades gratuitas, alcançaram cerca de um milhão de pessoas de forma direta e indireta e geraram mais de 1.000 postos de trabalho, entre artistas, técnicos, produtores, prestadores de serviço e fornecedores de diferentes segmentos. O resultado é uma cadeia que envolve cultura, turismo, comércio, serviços e ocupação qualificada dos espaços urbanos.

“Quando uma empresa decide destinar parte do seu imposto para um projeto como o ‘Arte pela Cidade’, ela não está apenas apoiando um show ou uma apresentação pontual; ela está ajudando a ativar uma rede inteira de profissionais da economia criativa, gerar fluxo do setor de serviços, pequenos comércios do entorno e, ao mesmo tempo, ampliando o acesso da população à arte”, afirma Drica Sanches, diretora de Economia Criativa da Acirp.

A próxima edição do “Arte pela Cidade”, promovida pela entidade, tem caráter multicultural e prevê a ocupação de diferentes regiões de Rio Preto com música, teatro, dança, circo, artes visuais e outras linguagens artísticas.

Para o empresário, o modelo também é uma oportunidade de posicionamento estratégico. Ao destinar parte do IRPJ devido ao projeto, a empresa associa sua marca a todas as ações do festival, com exposição em materiais de divulgação, ativações de comunicação e espaços físicos das atividades, alcançando um amplo público ao longo da programação. O projeto concede, também, o selo “Empresa Amiga da Cultura”, que pode ser utilizado em peças institucionais e nos canais digitais como sinal concreto de compromisso com o desenvolvimento cultural da cidade.

“Estamos na fase decisiva de captação e este é o momento para que as empresas conversem com seus contadores, entendam o potencial de renúncia disponível e escolham participar dessa transformação. Em vez de ver o imposto apenas como custo, é possível enxergá-lo como ferramenta de política pública, de fortalecimento da imagem institucional e de construção de legado. O que está em jogo aqui é a chance de carimbar esse recurso com o nome da sua empresa e com o impacto que ele vai gerar na vida das pessoas”, reforça Drica Sanches.

Todo o processo ocorre dentro de uma estrutura regulamentada e transparente. Os projetos aprovados pela Lei Rouanet passam por análise técnica, seguem regras rígidas de execução e são obrigados a prestar contas ao Ministério da Cultura, o que oferece segurança às empresas patrocinadoras. A Acirp atua como ponte entre os empreendedores, a cadeia criativa e o poder público, apoiando contadores, esclarecendo dúvidas e aproximando a legislação do dia a dia empresarial.

Ao ocupar praças e bairros, oferecer acesso gratuito à arte e movimentar a economia criativa, o “Arte pela Cidade” contribui para fortalecer o sentimento de pertencimento, ampliar repertórios culturais, valorizar pequenos negócios do entorno e projetar uma imagem positiva de Rio Preto como polo de cultura, negócios e inovação. Cada empresa que decide participar dessa engrenagem torna-se coautora dessa história, conectando resultado econômico à transformação coletiva.

Empresas interessadas em destinar parte do IRPJ ao “Arte pela Cidade” podem buscar orientação diretamente com a Acirp, que presta suporte técnico sobre as etapas de aporte, documentação e contrapartidas, garantindo que o imposto se converta em oportunidade, visibilidade e legado compartilhado para toda a cidade.

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